Esse espaço virtual pretende ser um canal aberto de conversa, bate papos, troca de experiências, publicações sobre educação, educadores e educandos.
“O compromisso, próprio da existência humana, só existe no engajamento com a realidade, de cujas ‘águas’ os homens verdadeiramente comprometidos ficam ‘molhados’, ensopados. Somente assim o compromisso é verdadeiro. Ao experienciá-lo, num ato que necessariamente é corajoso, decidido e consciente, os homens já não se fazem neutros. A neutralidade frente ao mundo, frente ao histórico, frente aos valores, reflete apenas o medo que se tem de revelar o compromisso.” (Paulo Freire, 2010)
Este espaço virtual pretende ser um canal aberto de conversa, bate-papo, trocas de experiências, publicações sobre educação, educadores e educandos.
Sou educadora de profissão e de identidade. Nasci, literalmente, numa escola, “o Ateneu Pedro I”, em São Paulo, fundada por meu pai, professor, com a participação de minha mãe, professora nata. A genética pode explicar minha identificação com a profissão, mas foi também o convívio com os educadores da família (avô, tios, irmão) e meu percurso formativo, minha profissionalização, que ao longo dos anos foram consolidando minha identidade pessoal e profissional, minha profissionalidade, meu profissionalismo.
Na verdade lá se vão cinquenta e cinco anos de atividade profissional em vários espaços educacionais: a escola pública e privada de educação básica, como docente, gestora e coordenadora pedagógica; o ensino superior privado, como docente, coordenadora de curso e formadora de professores universitários.
Minha intenção neste espaço é continuar viva, por meio da possibilidade da troca, da comunicação, do estar junto, partilhando experiências, aprendendo e refletindo sobre educação. Vivendo.
Vamos ter a oportunidade de conversar sobre a intencionalidade da educação ao longo da vida na perspectiva de um projeto educativo emancipador, promotor de cidadania e equidade social e, especialmente, como uma estratégia de transformação social.
Vivemos tempos de integração, de união de saberes, de compartilhamento, em busca da humanização da humanidade! Da construção de uma Felicidadania (Reis, 2001) nos espaços educativos.
Nenhuma profissão poderá ser exercida de maneira consciente se as competências técnicas que ela requer não se subordinarem a uma formação cultural mais vasta, capaz de encorajar os discentes a cultivarem o espírito de forma autônoma e a darem livre curso à sua curiosidade. Fazer com que o ser humano se identifique exclusivamente com sua profissão seria um erro gravíssimo. Em todo o homem existe alguma coisa de essencial que vai muito além da sua profissão. Sem essa dimensão pedagógica, totalmente afastada de qualquer forma de utilitarismo, seria muito difícil, no futuro, continuar a imaginar cidadãos responsáveis, capazes de pôr de parte os seus egoísmos para abraçar o bem comum, para exprimir solidariedade, para defender a tolerância, para reivindicar a liberdade, para proteger a natureza, para apoiar a justiça... (Nuccio Ordine, 2017)
Como podemos participar dessa construção como docentes?
· reconhecendo o outro, que, na relação pedagógica, é para o professor reconhecer o aluno;
· tomando como referência o bem coletivo;
· envolvendo-se na elaboração e desenvolvimento de um projeto coletivo de trabalho;
· instalando na escola e na aula uma instância de comunicação criativa;
· criando espaço no cotidiano da relação pedagógica para a afetividade e a alegria;
· lutando pela criação e pelo aperfeiçoamento constante de condições viabilizadoras do trabalho de boa qualidade.
Espero por vocês!
Grande abraço.
Profa. Cidinha Amaral
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